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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Se ele o diz...
16:30
(JPP)
PONTO DE NÃO RETORNO
Há um aspecto desta crise que está longe de ser enunciado e analisado: é
que ela é para milhões de portugueses um ponto sem retorno. Ou seja,
nunca mais vão deixar o nível de pobreza em que estão a ser mergulhados.
Mesmo que possa haver a prazo médio ou longo alguma recuperação
económica e do emprego, não será para eles, nem no seu tempo, nem nas
suas oportunidades. Para estes é que, em primeiro lugar, a crise é mais
trágica, definitiva, cruel. E não há nem uma palavra, nem uma acção que
os possa salvar.
Estou a falar das pessoas e das famílias que o desemprego, os impostos,
os salários e o custo de vida vão atirar para a linha abaixo da pobreza.
Como é que a vão ultrapassar de novo na sua vida útil? Sim, na sua vida
útil, que é o que conta. Vai haver emprego para os actuais
desempregados? Nunca, jamais, em tempo algum, podem esperar voltar a ter
emprego. Se alguma recuperação existir no emprego, será muito pequena e
favorecerá os mais novos, e novos aqui é na casa dos vinte anos. Vão
conhecer uma vida mais barata, preços mais baixos da renda, da luz, gaz,
água, transportes? Nunca, jamais, em tempo algum, tal é previsível nas
próximas décadas. Vão poder por milagre pagara as suas prestações e
dívidas? Com que dinheiro? Vai diminuir a carga fiscal? Talvez daqui a
cinco, dez anos, na melhor das hipóteses, mas sempre pouco. Os impostos
têm a característica de se instalarem para a eternidade. Os estragos
feitos em 2013, 2014, são para já suficientes para destruírem milhares
de pequenas empresas e lançarem na insolvência milhares de família. Como
é que se volta atrás? O governo não sabe como, nem quer saber. É o
“ajustamento”.
(url)
© José Pacheco Pereira
sábado, 8 de dezembro de 2012
Vingança
"Os números do desemprego atingiram o valor dramático de 16%, que chega a uns nunca vistos 39% no caso dos jovens.
Insensível, contudo, o governo continua a tomar medidas que levarão ao aumento deste flagelo. O orçamento de Estado de 2013 incorpora mesmo políticas activas... de desemprego.
A carga fiscal prevista no orçamento de 2013 levará à generalização da pobreza e ao aniquilamento da classe média.
O aumento do IRS e do IMI arruína os orçamentos familiares, depois de a subida do IVA ter provocado já a diminuição da procura.
Este efeito conjugado de agravamento de preços e redução de salários acarretará falências em massa. O corolário lógico será o aumento galopante do desemprego, como o próprio primeiro-ministro já reconheceu.
Por absurdo, este agravamento de desemprego ocorre num momento em que temos a população activa mais capaz, quer em quantidade, quer em qualidade. Jamais a população activa foi tão numerosa como na última década, com 67% da população na faixa etária que vai dos 15 aos 65 anos. Nem nunca a população foi tão qualificada, resultado da democratização do ensino básico e secundário verificada no pós-25 de Abril, mas também do esforço generalizado das famílias em financiarem cursos superiores aos filhos.
Desperdiçar este activo, que poderia gerar riqueza, pagar impostos e reestabilizar os fundos de Segurança Social, é verdadeiramente criminoso.
Com um milhão e quatrocentos mil portugueses em situação de desemprego ou subemprego, a situação é calamitosa. Os cidadãos revoltam-se, com razão, pois verificam que as políticas desenvolvidas são exactamente as contrárias ao que é necessário. Os desempregados, já sem esperança e sentindo-se injustiçados, procuram hoje emprego, mas buscam sobretudo vingança.
Foi uma sociedade com milhões de desempregados e marcada pelo medo, de que também hoje padecemos, que favoreceu a ascensão do nazismo e do fascismo na Europa. Quando os cidadãos desistem de querer justiça e clamam por vingança, estão à mercê de todo o totalitarismo.
Insensível, contudo, o governo continua a tomar medidas que levarão ao aumento deste flagelo. O orçamento de Estado de 2013 incorpora mesmo políticas activas... de desemprego.
A carga fiscal prevista no orçamento de 2013 levará à generalização da pobreza e ao aniquilamento da classe média.
O aumento do IRS e do IMI arruína os orçamentos familiares, depois de a subida do IVA ter provocado já a diminuição da procura.
Este efeito conjugado de agravamento de preços e redução de salários acarretará falências em massa. O corolário lógico será o aumento galopante do desemprego, como o próprio primeiro-ministro já reconheceu.
Por absurdo, este agravamento de desemprego ocorre num momento em que temos a população activa mais capaz, quer em quantidade, quer em qualidade. Jamais a população activa foi tão numerosa como na última década, com 67% da população na faixa etária que vai dos 15 aos 65 anos. Nem nunca a população foi tão qualificada, resultado da democratização do ensino básico e secundário verificada no pós-25 de Abril, mas também do esforço generalizado das famílias em financiarem cursos superiores aos filhos.
Desperdiçar este activo, que poderia gerar riqueza, pagar impostos e reestabilizar os fundos de Segurança Social, é verdadeiramente criminoso.
Com um milhão e quatrocentos mil portugueses em situação de desemprego ou subemprego, a situação é calamitosa. Os cidadãos revoltam-se, com razão, pois verificam que as políticas desenvolvidas são exactamente as contrárias ao que é necessário. Os desempregados, já sem esperança e sentindo-se injustiçados, procuram hoje emprego, mas buscam sobretudo vingança.
Foi uma sociedade com milhões de desempregados e marcada pelo medo, de que também hoje padecemos, que favoreceu a ascensão do nazismo e do fascismo na Europa. Quando os cidadãos desistem de querer justiça e clamam por vingança, estão à mercê de todo o totalitarismo.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
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